Em comunicado divulgado após a reunião de política monetária em Riga, Letónia, o BCE anunciou que vai reduzir as compras de dívida pública na Zona Euro de 30 mil milhões de euros para 15 mil milhões de euros por mês a partir de setembro, isto se a taxa de inflação estiver em linha com o seu objetivo.
Segundo o comunicado, o conselho de governadores quer ver nos dados "a confirmação das projeções de médio prazo para a inflação".
Até ao final de setembro, como estava previsto, o volume de aquisições mensais fica nos 30 mil milhões de euros. Depois disso, o programa de estímulos monetários terminará no final do ano, mas a política de reinvestimento dos montantes que resultam dos títulos que vão vencendo mantêm-se.
De acordo com o comunicado, a política vigorará "por um longo período de tempo depois do fim das compras líquidas de ativos e, em qualquer caso, durante quanto tempo for necessário manter condições favoráveis à liquidez e um grau alargado de medidas acomodatícias".
Na reunião, o banco central decidiu ainda manter as taxas de juro diretoras inalteradas – 0,0% – , mas sinalizou que os juros podem subir a partir do verão de 2019.
"O Conselho de Governadores espera que as taxas de juro diretoras do BCE se mantenham nos atuais níveis pelo menos ao longo do verão de 2019 e, em qualquer caso, por quanto tempo for necessário para assegurar que a evolução da inflação permanece alinhada com as atuais expectativas de um ajustamento sustentado", diz o comunicado.