Paulo Pereira Cristóvão e o líder da Juve Leo vão novamente a julgamento por assaltos violentos a residências na zona de Lisboa, decidiu esta sexta-feira o Tribunal de Instrução Criminal de Cascais (TIC).
Na leitura de decisão instrutória, a juíza do TIC de Cascais, proferiu o despacho de pronúncia de todos os arguidos – praticamente com todos os termos da acusação do Ministério Público, acrescentando apenas que o ex-inspetor da PJ era "o mandante e o arquiteto do crime".
Este processo tinha voltado à instrução – fase facultativa em que um juíz decide se o processo segue para julgamento – após o TIC ter anulado a primeira instrução, na sequência de uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, por considerar "incompetência material" do Tribunal Central de Instrução Criminal para a realização da fase de instrução, após recurso de Pereira Cristóvão.
Por consequência, todo o julgamento, que tinha iniciado em junho de 2016 e decorreu até fevereiro do ano passado, foi anulado.
Assim, todos os 18 arguidos, incluindo três polícias e o líder da Juve Leo, vão responder, uma vez mais, por associação criminosa, roubo, sequestro, posse de arma proibida, abuso de poder, violação de domicílio por funcionário e falsificação de documento.
De acordo com a acusação do MP, Paulo Pereira Cristóvão, bem como mais dois arguidos e os três polícias recolhiam informações e decidiam quais as pessoas e os locais a assaltar. Posteriormente, as informações eram passadas ao resto dos elementos.