As autoridades israelitas começaram há três semanas a destruir as campas do histórico cemitério Bab Al-Rahma, nas proximidades da mesquista Al-Aqsa, em Jerusalém. A Autoridade da Natureza e Parques de Israel pretende construir no local um "parque nacional no terreno do cemitério", segundo a agência palestiniana Wafa.
O cemitério palestiniano, com séculos de história, tem um grande significado para o povo palestiniano por ser o local onde as campas de Ubada ibn as-Samit e Shadad ibn Aus, dois companheiros de Maomé, se encontram. Confrontos entre a polícia israelita e manifestantes palestinianos têm ocorrido no local, com os segundos a tentarem impedir a destruição das campas. Vários palestinianos ficaram feridos no decorrer dos confrontos.
Antes de avançarem com a destruição das campas, as autoridades israelitas colocaram vedações de metal em torno do terreno do cemitério, impedindo os palestinianos de o visitarem.
Israel anunciou a destruição do cemitério em 2015, mas, de acordo com várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, não tem qualquer direito ou legitimidade para anexar os territórios ocupados a leste de Jerusalém.