A vice-presidente do CDS Cecília Meireles perdeu a eleição da distrital do Porto. O vencedor foi Fernando Barbosa. O dirigente era, até agora, vice-presidente da distrital. E jogou o seu futuro político num ato eleitoral que decorreu em clima de guerra civil. A Juventude Popular excluiu-se da eleição. Fernando Barbosa ganhou as eleições com 979 votos (60 por cento) contra 672 (40 por cento), obtidos pela também deputada Cecília Meireles.
O vencedor queixou-se de falta de condições para o ato eleitoral porque todos os militantes, afetos à Federação de Trabalhadores Democrata-Cristãos (FTDC) foram impedidos de votar. Segundo a candidatura vencedora, os FTDC não constavam dos cadernos eleitorais. Os militantes da Juventude Popular de Vila Nova de Gaia, concelhia onde Barbosa está filiado, também não constavam das listas. O caso acabou no conselho de jurisdição nacional para ser avaliado. Mas, no último dia útil antes das eleições, o seu presidente enviou à candidatura de Barbosa a decisão. O tribunal do partido não poderia fazer nada sem provas. Para o efeito solicitou a ata da mesa do plenário da assembleia distrital onde teria ficado demonstrada a exclusão de alguns militantes da JP e dos FTDC .
Como o presidente da mesa da assembleia distrital não os enviou, por e-mail, à candidatura, Barbosa submeteu-se a votos, queixando-se de irregularidades.
Do lado da candidatura de Cecília Meireles também se relataram problemas: vinte e sete casos detetados de duplicação de nomes na concelhia de Vila Nova de Gaia. Mais, foi lançada a suspeita de que alguns desses registos pertenceriam a pessoas do PSD.
A situação ainda se tornou mais caótica quando a Juventude Ppopular decidiu retirar os seus 367 delegados das eleições e os candidatos à eleição renunciaram. A JP considerou que houve uma ingerência do CDS. Ao i, o presidente da JP, Francisco Rodrigues dos Santos, não quis fazer comentários por se tratar de um caso de foro interno dos centristas.