De acordo com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) no leilão a 11 meses foram colocados 950 milhões de euros em BT à taxa de juro média de -0,290%. Apesar de negativa, foi superior à do leilão de 18 abril, quando, num prazo igual, foi colocado o mesmo montante à taxa de juro média de -0,389%.
No prazo de três meses foram colocados BT no valor de 300 milhões de euros à taxa média de -0,399%. No anterior leilão comparável o juro foi de -0,430% para um montante de 300 milhões de euros.
O montante indicativo global para o leilão desta manhã era de 1000 milhões de euros a 1250 milhões de euros e de acordo com o IGCP a procura foi de 1980 milhões de euros para os BT a 11 meses – 2,08 vezes superior ao montante colocado – e 880 milhões de euros para os BT a três meses, 2,93 vezes o montante colocado.
As linhas de BT hoje leiloados têm maturidades em 21 de setembro de 2018 (três meses) e em 17 de maio de 2019 (11 meses) e esta é a última ida ao mercado para financiamento de curto prazo do segundo trimestre e já estava definida pelo IGCP. Desde abril, Portugal foi ao mercado duas vezes para emitir BT, tendo colocado um total de 3000 milhões de euros.
Este duplo leilão acontece uma semana depois da instituição liderada por Cristina Casalinho ter leiloado dívida de longo prazo. Tratou-se também de um duplo leilão de Obrigações do Tesouro a cinco e dez anos, onde o IGCP conseguiu angariar mil milhões de euros de financiamento.
No prazo a dez anos, a taxa de juro foi de 1,919%, sendo de 0,746% a cinco anos. Em ambos os prazos os juros foram mais elevados que nos últimos leilões comparáveis.