O acordo para as condições sobre a saída da Grécia do terceiro programa de assistência foi assinado esta quinta-feira, durante a reunião do Eurogrupo que se realizou no Luxemburgo. O anúncio de que tinham chegado ao fim os oitos anos de resgates à república Helénica foram anunciados já no início da madrugada desta sexta-feira.
“Este foi um Eurogrupo para recordar. Após oito longos anos, a Grécia vai finalmente concluir a sua assistência financeira e junta-se a Irlanda, Espanha, Chipre e ao meu próprio país, Portugal, no grupo de países a dar a volta à sua economia e a reconquistar a sua autonomia”, disse Mário Centeno, presidente do Eurogrupo.
As medidas de alívio da dívida grega levaram várias horas até chegarem a um consenso entre os vários ministros das Finanças e o compromisso só foi atingido já de madrugada. A Grécia terá assim um prolongamento dos prazos de pagamento dos empréstimos e uma última tranche no valor de 15 mil milhões euros que servirá tanto de “almofada financeira” como de vigilância pós-programa.
Também a data para o fim oficial do programa de assistência ficou marcada para dia 20 de agosto, que será também o dia em que chegam ao fim o ciclo de resgates a países da zona euros, uma vez que a Grécia era o último dos países europeus ainda a receber ajuda externa.
“Conseguimos assegurar uma aterragem suave após este ajustamento longo e difícil”, disse ainda Centeno, acrescentando que “não haverá programa complementares”. “Hoje podemos dizer que a Grécia cumpriu e o Eurogrupo também fez a sua parte.”
Segundo a análise do Eurogrupo, a Grécia tem actualmente uma dívida que atinge os 178% do PIB nacional e, por isso, existe uma necessidade de implementar medidas adicionais de alívio da dívida para que seja garantida a sustentabilidade no futuro. O pacote de medidas aprovado inclui o prolongamento por 10 anos do prazo de pagamento do empréstimo concedido pelo Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF)