Se a União Europeia não se apressar a introduzir reformas, como pedem vários Estados-membros, acabará por “cair com o peso dos seus próprios erros”. Tiziana Beghin, eurodeputada do Movimento 5 Estrelas (M5S, na sigla em italiano), o partido da coligação de poder em Itália, garante que “o problema não é mais ou menos integração”, mas “antes ter uma melhor integração”.
Em declarações ao “Sunday Express”, a eurodeputada sublinha que “o aumento do populismo é a consequência natural dos erros cometidos por Juncker e a comissão, que não conseguiram responder às necessidades dos cidadãos”.
“Demonstra o falhanço da atual liderança política europeia para gerir a globalização e os seus efeitos na vida quotidiana dos seus cidadãos”, acrescentou Tiziana Beghin.
Para a política italiana, “se a UE quer uma maior integração, tem de começar a partir de uma dimensão social forte”, que poderá passar pela “criação de um plano de rendimento mínimo generalizado na UE ou pelo apoio aos que perderam os seus empregos por causa da globalização e da deslocalização”.
Sem dar resposta à crise financeira e ao impacto que ela tem nos seus cidadãos, nomeadamente em relação aos que estão desempregados e sem perspetivas de conseguir trabalho, a crise na UE irá continuar.
“Nós propusemos muitas vezes que o Fundo Social Europeu seja usado para financiar, pelo menos em parte, planos de apoio alargados à UE”, acrescentou a eurodeputada.