Portugal vai acolher alguns dos refugiados que estavam no Lifeline, disse esta terça-feira, no Parlamento, o ministro da Administração Interna. O barco alemão, que esteve à deriva no Mediterrâneo nos últimos dias, vai atracar, esta terça-feira, em Malta com 234 refugiados.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foi ouvido hoje na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais onde falou sobre a situação da crise de refugiados e do caso Lifeline. "Face à situação de crise humanitária que há, neste momento, no Mediterrâneo, Portugal mantém a sua coerência solidária. O governo de Malta pediu-nos ajuda para acolher o navio Lifeline que está há algumas semanas a navegar no Mediterrâneo com centenas de pessoas a bordo. O governo português entendeu, em acordo com alguns países europeus, que o navio aportaria, esta noite, em Malta e que os refugiados que estão a bordo serão redistribuídos pelos vários países, entre os quais Portugal. E estamos já, neste momento, a tratar do procedimento necessários para que (…) alguns desses refugiados possam ser acolhidos em Portugal", declarou o ministro.
Lifeline aguardou, durante 5 dias, a autorização por parte do Governo de Itália para poder navegar nas águas do país. Acabou por ser resgatado por uma ONG e Malta foi o destino escolhido para atracar, depois de ter chegado a acordo com as autoridades italianas quanto ao destino destes migrantes, resgatados ao largo da costa líbia.
Durante a audição na comissão parlamentar, Eduardo Cabrita fez questão de referir que Portugal foi o sexto país que recebeu mais imigrantes vindos da Itália e Grécia. O ministro da Administração Interna frisou ainda que está a ser criado um novo programa para receber refugiados.