Dezassete pessoas foram detidas pelo exército nigeriano por suspeitas de estarem envolvidas no massacre de mais de 200 pessoas no passado fim de semana, no estado de Plateau.
De acordo com o porta-voz do exército, Adam Umar, 14 das 17 pessoas estarão ligadas aos ataques contra a etnia Peuls, no sul da cidade de Jos, capital daquele estado. As outras três são suspeitas de estarem envolvidas nos homicídios na região de Barikin Ladi.
Testemunhas no local contaram à agência France Presse que, na sequência dos assassinatos, jovens da etnia Berom começaram a montar barricadas ao longo da estrada entre Abuja e Jos – onde 14 suspeitos foram detidos – e atacavam qualquer pessoas que "parecesse 'Peuls' ou muçulmano".
Ainda está por apurar o que esteve na origem do conflito. No entanto, o crescimento demográfico dos últimos anos – a Nigéria é o país mais populoso de África, com 180 milhões de habitantes – os problemas nos acessos a terra e água e a crescente tensão entre os agricultores cristãos e os Peuls devido a esta escassez são os principais fatores apontados.