António Vitorino disse esta sexta-feira, depois de ter sido eleito hoje diretor-geral da Organização Internacional das Migrações (OIM), que está preparado para lidar com o período "particularmente crítico" que se vive hoje em dia no que diz respeito às questões migratórias.
"Tenho elevadas expectativas que nas próximas semanas sejam concluídas as negociações sobre um acordo global sobre migrações, e existe a urgente necessidade de cooperação multilateral para gerir os fluxos migratórios, garantir os direitos fundamentais dos migrantes e estabelecer de forma sustentável uma estreita relação entre migração e desenvolvimento", afirmou António Vitorino, numa conferência de imprensa em Genebra.
"Estas são tarefas ambiciosas e espero ser capaz de as fazer cumprir enquanto diretor-geral da OIM", acrescentou o responsável, frisando que o mundo vive uma “situação particularmente crítica face às políticas migratórias".
"Estou confiante que após este período de eleições, todos os Estados-membros da OIM assumam as suas responsabilidades, compromissos e obrigações", defendeu.
Confrontado com as políticas aplicadas por Donald Trump nos EUA, António Vitorino considerou que esta deve ser uma questão "que deve ser perguntada aos eleitores, e não ao que acabou de ser eleito".
Quanto às deliberações da União Europeia sobre os desafios migratórios, o responsável português disse que ainda não tinha lido o documento, mas que iria fazê-lo assim que tivesse oportunidade.