Até ao final deste mês o Novo Banco terá fechado cerca de 30 balcões. Esta decisão pretende antecipara as negociações feitas com Bruxelas em que o banco teria de reduzir o número de balcões para 400 até 2021, ou seja menos 73 do que tinha no final de 2017.
Os clientes afectados já foram informados pelo banco e as contas foram transferidas para outras agências.
Já em abril foram encerrados cerca de 30 balcões. O fecho dos postos de atendimento pretendem reduzir os custos mais rapidamente de forma a atingir rentabilidade em 2019. Desde 2014, quando tinha 631 postos de atendimento, o Novo Banco fechou cerca de 40% dos balcões.
Está também prevista a dispensa de 400 trabalhadores até ao final do ano – entre rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas -, um número que já anunciado pelo Novo Banco e que resulta num provisionamento de 134 milhões de euros.
O plano de restruturação negociado com a Comissão Europeia surgiu quando o banco que resultou da resolução do BES foi vendido ao fundo de investimento norte-americano Lone Star. A venda permitiu ao Novo Banco receber uma injeção de mil milhões de euros em troca de 75% das acções. Os restantes 25% pertencem ao Fundo de Resolução bancário, uma entidade do Estado financiada pelas contribuições do banco.
O Novo Banco tem registado prejuízos sucessivos, tendo em 2017 atingido um novo record de 1.395,4 milhões de euros. Em maio o Estado emprestou cerca de 430 milhões de euros ao Fundo de Resolução para ajudar na recapitulação do banco bom do BES. No total, foram injectados 792 milhões de euros.