Aga Khan aproveitou a sessão final das celebrações do jubileu de diamante – 60 anos – como imã dos muçulmanos shia ismaili para tecer elogios às lideranças portuguesas pelo mundo. “Foram desempenhados fortes papéis pela liderança portuguesa”, disse o líder ismaelita referindo-se aos altos cargos de portugueses na Organização das Nações Unidas (ONU), UNESCO, na Comissão Europeia e na Organização Internacional para as migrações (OIM).
Para Aga Khan, Portugal tem mantido a sua cultura de descoberta ao "estender a mão”, a “conectar e empreender", fazendo referência à “grande Era dos Descobrimentos” e ao “papel preponderante de Portugal".
O líder ismaelita afirmou ainda que “esta visão pluralista tem vindo a ser refletida em muitos momentos, ao longo da História portuguesa, e tem sido expressada de uma forma poderosa, na recente emergência deste país no plano global, como influenciador".
Para Shah Karim al Hussaini, conhecido como Aga Khan, o 49º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, Portugal é "um país de oportunidade" e sublinha que, para o continue a ser, o país "encoraja a cooperação entre interesses diversos, que fomenta parcerias entre o governo e o setor privado, enquanto também encoraja as organizações privadas estabelecidas para servir os objetivos públicos". Para o líder ismaelita, a oportunidade “é algo que tem de ser trabalhada pelas pessoas e os governos de uma nação, de forma criativa, com paciência e muita persistência".
O príncipe ismaelita refere que Lisboa, "uma cidade de referência de cruzamentos internacionais", é "o local ideal"para concluir as celebrações dos seus 60 anos como imã dos muçulmanos shia ismaili.
Aga Khan fundou uma rede privada para o desenvolvimento do mundo, que emprega atualmente 80.000 pessoas, e é considerada das maiores do mundo. A organização Aga Khan Development Network trabalha em 30 países, sendo Portugal um deles.
Esta comunidade ismaili é constituída por cerca de 15 milhões de fiéis, dos quais sete mil vivem em Portugal