A CP – Comboios de Portugal enfrenta neste momento uma crise na sua frota: falta de comboios devido a avarias. Tudo isto porque os comboios são muito velhos e as oficinas não têm mão-de-obra suficiente para os manter e reparar, de acordo com a notícia avançada pelo Público esta quarta-feira. Com a falta de comboios, a CP vê-se obrigada a alterar os horários já este mês de agosto.
Com os comboios sujeitos a circular cada vez mais vezes e com maior probabilidade de avarias, também as oficinas da CP têm falta de pessoal para a manutenção e reparação dos comboios. Segundo o jornal, a situação da empresa irá piorar no mês de agosto, com as férias na oficina da CP (EMEF) e o aumento da procura por parte dos passageiros.
As alternativas à supressão de comboios passam por autocarros, ou por outros comboios de categoria inferior. Cada três em dez carruagens da CP para os serviços de longo curso encontram-se, de momento, nas oficinas.
O Público dá o exemplo do Intercidades com destino a Évora, que é normalmente realizado por locomotiva e carruagens, mas tem sido substituído por uma Unidade Tripla Elétrica (UTE), que é usualmente usada para serviços regionais. Para além do Intercidades para Évora, o Alfa Pendular com destino a Braga ou Guimarães, chega ao Porto e é obrigado a ir para a oficina, por isso os passageiros são forçados a mudarem-se para uma UTE para poderem chegar ao destino.
A CP terá colapsado no dia 6 de julho, segundo o Público, com todos os comboios suprimidos a norte das Caldas da Rainha. Em vez de cinco comboios, a CP tinha apenas um disponível para realizar o serviço.
Nos Alfas Pendulares e nos Intercidades, os clientes queixam-se de portas e de casas de banho que não funcionam, carruagens que foram vandalizadas e outras falhas na manutenção da frota.
Esta crise na CP também afeta os comboios suburbanos, sobretudo os que circulam na linha de Sintra. Por agora, apenas os comboios de madrugada foram afetados pela falta de frota.
O ministro Pedro Marques terá anunciado o recrutamento de mais 50 pessoas para a EMEF, por parte da empresa, mas segundo o Público isto não produz efeitos no prazo de um ano devido à formação do pessoal e recuperação da frota. A compra de comboios pode levar até três anos e o Governo, depois de a CP em maio ter preparado uma redução na linha Oeste para junho, defende que “defende o reforço e não a redução do serviço ferroviário”, em declarações ao jornal.
A CP ainda não reagiu a esta notícia.