1.Por muito que a propaganda queira impor ideia contrária aos portugueses – com a utilização dos media tradicionais, na sua maioria dominados pela esquerda -, a verdade é que este PS de António Costa teve o efeito de branquear o radicalismo militante (e perigoso) de um partido que é um nada que é tudo: referimo-nos ao Bloco de Esquerda.
O Bloco de Esquerda é um nada (porque já não tem ideologia, para além das frases e posturas folclóricas; não tem ideias, porque já só quer poder; já não tem qualquer contributo útil para a discussão política, pois as suas propostas são politicamente ridículas e juridicamente lastimáveis) – que é tudo, porque tem o PS na mão do ponto de vista da aritmética política. Aliás, é curioso notar que a “geringonça” mais não é do que um ato de bullying recíproco entre PS e BE: o PS ameaça com a vinda da direita e consequentes repercussões políticas para o BE, caso o BE tire o tapete ao PS; o BE ameaça o PS (e António Costa) de ficar sem poder – o que implicará deixar de haver lugares e cargos para distribuir e assim evitar o confronto interno entre as várias alas do PS que são (e serão) inconciliáveis – e, por conseguinte, voltar a ser um partido sem rumo na oposição.
É isto que permite aguentar a “geringonça”: já o PCP é um partido que tem um pé dentro e um pé fora, lutando pela sua sobrevivência. Presente e futura.
2.Pois bem, o que é certo (é um facto, escusam os defensores dessa mentira que é a “geringonça” de tentar criar “fake news”) é que o PS de António Costa levou o Bloco de Esquerda para as estruturas do Estado, legitimando o seu discurso radical e fanático. Em suma: criou um verdadeiro berbicacho para a vitalidade da democracia portuguesa.
O que é gravíssimo é que o PS se deixou contaminar, em matéria de política externa, pelas doutrinas absolutamente censuráveis que fazem escola entre os jovens e seniores bloquistas – ensinadas ora em acampamentos, ora em celebrações da esquerda radical. O PS – o partido de Mário Soares, um lutador pela liberdade e pelos valores democráticos – alinha no discurso pró-terrorismo do Bloco de Esquerda.
Efetivamente, já há gente no PS que apela – tal como os iluminados trotskistas – à destruição do Estado de Israel, qualificando este Estado como um “usurpador do território da Palestina”. E defende, sem qualquer sustentação argumentativa-racional, o regime bárbaro (porque asfixiante do seu povo e assumidamente totalitário) iraniano.
3.Esta nova posição dos socialistas, empurrados pelo Bloco de Esquerda, já tem reflexos visíveis na comunicação social: mais uma vez, os media nacionais ignoraram olimpicamente a declaração (proferida há três dias) pelo General da Guarda Revolucionária da República Islâmica do Irão, Hossein Salami, de que só falta a ordem para destruir Israel. Que o Irão já dispõe de armamento suficiente para reduzir Israel a pó – e que tem o Ocidente na mão, pois poderá controlar as suas fontes de abastecimento de energia (não deixando de insinuar aqui uma proximidade estreita com Vladimir Putin).
O que fizeram os políticos europeus perante tal ameaça? Absolutamente nada: mais uma vez, branquearam as declarações do regime totalitário iraniano, que apoia o terrorismo internacional. E a comunicação social? Em Portugal, nem uma pequena notícia lateral sobre a matéria, sequer uma nota de rodapé para informar os cidadãos sobre o que verdadeiramente sucede naquela zona do globo.
Já uma notícia banalíssima, sem qualquer interesse jornalístico, como “Israel quer construir um parque em lugar onde era cemitério” ou “Israel muda localização de escola perto de Gaza” , merecem amplo destaque na imprensa portuguesa. Porquê? Porque se ajustam à narrativa oficial anti-Israel – e pró- Estados inimigos de Israel, mesmo que sejam patrocinadores do terrorismo local e internacional.
Parece que, em Portugal (e, infelizmente por essa Europa fora), há muitos que preferem selar “pactos com o Diabo” desde que possam conservar os seus poderzinhos…
4.Assim se vê (mais uma vez) que o Acordo Nuclear com o Irão, assinado pelo Presidente Barack Obama, foi um dos maiores erros diplomáticos da História da humanidade: o seu resultado foi apenas o de dar “leverage”, maior força negocial, ao regime bárbaro iraniano.
Dentro da tragédia, felizmente que o mundo conheceu a boa nova da eleição do Presidente Donald Trump, que tem interpretado corretamente as prioridades de política externa e agido em conformidade. A bem do mundo. Voltaremos a esta matéria em breve.
5.Terminamos, formulando a questão que ora se impõe: as declarações do mais elevado General iraniano, ameaçando Israel e o Ocidente, não possuem interesse e relevância jornalística suficiente para constar, pelo menos, na lateral de uma página de jornal? Se sim, por que se escondeu?
Defender a liberdade de imprensa significa hoje – mais do que nunca – libertar as redações dos dogmas da esquerda radical! É o paradoxo da nossa democracia: a esquerda radical vale 15% nas urnas (já somando a ala radical do PS), mas 75% das redações dos media portugueses…