Saudações a todos. Sei que, ao longo de quatro anos de colaboração com o Sol, ganhei alguns leitores fiéis. Conquistei pessoas a quem as minhas crónicas de opinião agradavam, muito embora muitas vezes não se retraíssem de fazer algumas críticas, tive leitores que me odiavam, sendo frequentemente mal educados, e tive algumas surpresas inesperadas, como a leitora que me recomendou livros ou a leitora que só interveio uma vez, para dizer que eu me vou voltar a encontrar com a minha gata que morreu no dia 5 de outubro. Isso faz-me especular que eu tinha muitos leitores que liam as crónicas, mas que depois não intervinham no fórum – e, de facto, nada os obrigava a fazê-lo. A todos, sem exceção, sinto que devo uma justificação sobre o fim abrupto e sem aviso prévio sobre a interrupção nas crónicas.
A interrupção não foi planeada, dai a falta de aviso prévio. Como todos sabem, arranjei emprego em março, o que não me impediu de continuar a escrever. Mas, pouco tempo depois, fui transferido de departamento. Lido agora com casos muito mais complexos do que no início, e tenho responsabilidades acrescidas, incluindo a nível financeiro da empresa. Devido a isto, chego a casa esgotado. Quando chego, só tenho energias para ler o e-mail, verificar a evolução dos mercados financeiros nesse dia, dar uma leitura rápida nos jornais do dia, e jantar. Deixei praticamente de ver televisão, incluindo os programas de comentário político, dos quais antes não perdia um episódio.
Portanto, estou feliz com o novo emprego, mas muito cansado. Aproveito o dia de hoje, em que estou de folga, para escrever estas linhas. E para reafirmar que, se o assunto se impuser pela sua importância e se o Sol concordar, poderei continuar a fazer esporadicamente algumas crónicas.
Fica assim dada a explicação devida. Escrever é muito importante para mim, e trocar ideias também. Por isso, a todos os que me leram ao longo destes quatro anos, muito obrigado, e até uma próxima oportunidade. Até lá, tudo de bom.