O Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou esta quinta-feira que os bons tempos poderão estar prestes a acabar e que é preciso avançar com mudanças estruturais que precisam enquanto o tempo ainda é de crescimento.
Este ano houve um abrandamento mais forte do que o que era esperado, segundo conclui a análise anual à economia do euro.
As estimativas do crescimento para os próximos anos vão descendo. Para 2018 o crescimento será de 2,2%, inferior aos 2,4% previstos em abril, e para 2019 o valor desce para 1,9%. A tendência de crescimento irá progressivamente abrandando até chegar aos 1,5%. A saída do Reino Unido da União Europeia vai também afetar negativamente o crescimento.
Com base nestes números, o FMI deixou um apelo aos países: tomem medidas para melhorar as economias com políticas orçamentais adequadas à situação de cada país.
Em Portugal, por exemplo, a elevada dívida pública poderá ser um fator de risco numa economia com crescimento a abrandar. A parte com a pátria lusitana está também Itália, Espanha, Grécia e Bélgica. “As cargas de dívida pública pouco diminuíram apesar do crescimento público”, afirma o FMI, e agora é preciso “reconstruir almofadas orçamentais” e “realizar reformas estruturais para aumentar a produtividade”.
Aos países com excedente externo, Alemanha e Holanda, o FMI aconselha a “usar o espaço de manobra orçamental” para aumentar a despesa pública, de modo a “encorajar um crescimento dos salários”.