"Não podemos ter um discurso eleitoralista", o orçamento não deve ser preparado numa lógica de "disputada partidária", mas sim de "continuidade", nem "vamos hibernar e a Assembleia da República fechará até às próximas eleições". As declarações foram do líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, sobre a próxima etapa parlamentar e as matérias que ficaram para trás na sessão legislativa e no orçamento de 2018.
Os bloquistas querem baixar o IVA da fatura da eletricidade e até propuseram ao governo modelar a taxa conforme os consumos: o essencial e o de luxo. Mas só para os consumidores domésticos.
A aposta na antecipação de reforma nas longas carreiras contributivas, com 40 anos ou mais, foi um dos pontos pendentes do anterior orçamento. O Bloco já as recolocou na agenda de negociação com o governo.
O partido liderado por Catarina Martins quer ainda apertar à malha na fuga ao pagamento do adicional de IMI e atacar a especulação imobiliária. A compra e venda rápidas de casas pode vir a ter maior vigilância em 2019, se o BE conseguir negociar a medida com o governo.
Pedro Filipe Soares considerou que o Bloco de Esquerda foi dos partidos com mais iniciativas na sessão legislativa e com mais propostas aprovadas.