Depois de ter sido avançado esta sexta-feira, pelo Jornal Económico, que o vereador do Bloco de Esquerda adquiriu, em 2014, com a sua irmã, um prédio na Rua Terreiro do Trigo, em Alfama, por 374 mil euros e posteriormente colocado à venda por 5,7 milhões de euros, Ricardo Robles deu explicações sobre o assunto na sede do BE.
O vereador do BE afirma que sempre fez tudo de acordo com a lei e que "não há nada de reprovável" na sua conduta relativamente à compra deste imóvel.
Ricardo Robles afirmou que não se irá demitir. "Procedi de forma exemplar", declarou aos jornalistas que ali se encontravam.
O vereador garantiu ainda que a compra do imóvel se prende com razões familiares, sendo que o motivo para esta aquisição está relacionado com o facto de a sua irmã querer voltar a morar em Lisboa. "O imóvel foi comprado para ser a sua habitação", garante Robles.
Além disso, o vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML) disse que, aquando da compra do imóvel em Alfama, este se encontrava degradado e, por ordens da CML – que alegava "a segurança de pessoas e bens" – foi obrigado a fazer "intervenções para ser recuperado".
Ricardo Robles diz que, na altura, existiam cinco espaços ocupados, tendo sido oferecida a oportunidade de renovarem o arrendamento assim que as obras estivessem terminadas.
Aos jornalistas, Robles explicou ainda que "nada" do que tem defendido enquanto vereador "pode resultar em benefícios próprios". "Bem pelo contrário: defendi e defendo o aumento de impostos sobre mais-valias e património imobiliário, defendi e defendo a proteção dos inquilinos e que se limitem as rendas”.
Sobre o PSD exigir a sua demissão, o vereador do BE apenas refere que o partido "não tem qualquer base e apenas contribuiu para intoxicar a opinião pública".