De acordo com o Sunday Times, o Qatar terá contratado uma empresa de relações públicas e a antigos agentes secretos norte-americanos para sabotar os concorrentes na corrida para receber o Mundial de 2022.
As informações, reveladas em anonimato por uma das pessoas que trabalhou na candidatura do Qatar, dão conta de que foram utilizados métodos para denegrir as campanhas, sobretudo, dos EUA e da Austrália.
"Houve duas campanhas executadas pelos qatarianos para a candidatura de 2022. A campanha secreta usou ex-agentes secretos – pessoal da CIA – para executar campanhas destrutivas no Reino Unido, nos Estados Unidos e na Austrália (…) Estavam muito bem organizados e foram muito bem financiados pelos qatarianos. Eram o que eu descreveria como tradicionais operações de informações, destinadas a minar o apoio público nos Estados Unidos e na Austrália, em primeiro lugar”, afirmou o denunciante.
Segundo o Sunday Times, os ex-agentes secretos estariam a trabalhar numa empresa de relações públicas contratada pelo Qatar, o plano, revelado num e-mail do dono da empresa, Michael Holtzamn, para Ahmad Nimeh, um conselheiro da candidatura do Qatar, passava por divulgar dezenas de artigos nos media internacionais que pudesses causar “embaraços” ou deteriorar as candidaturas rivais.
Um exemplo revelado pelo jornal britânico é o seguinte: "Recrutámos um grupo de professores de educação física norte-americanos para pedir ao seu congressista para que apresente legislação contra o campeonato do mundo nos EUA, alegando que o dinheiro gasto no torneio de futebol pode ser melhor usado no financiamento do desporto no ensino secundário, que sofreu durante a recessão".
Caso se comprove esta denúncia, o Qatar, que se candidatou em 2010, e que venceu a corrida para receber o Campeonato do Mundo, pode ter de alterar os planos para 2022.
Os dirigente do Qatar já reagiram e rejeitaram “todas as alegações”.
Recorde-se que esta organização tem estado envolvida em controvérsias desde o início.