Serviços prisionais admitem dificuldade em controlar quem cumpre pena em prisão domiciliária

Em menos de um ano verificou-se um “crescimento de mais 500 pulseiras”

Apesar da melhoria dos números relativamente aos números de sobrelotação nas prisões nacionais, o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais frisou que, “neste momento, praticamente não há sobrelotação a nível nacional, embora haja alguns focos com sobrelotação. No entanto, levanta ainda alguns problemas a nível de vigilância eletrónica: “continuamos a ter algumas dificuldades quer em termos de pessoal quer em termos de automóveis, que estamos a tentar resolver”.

Segundo Celso Manata, havia “um problema grave nas prisões” e agora há “um problema complicado na vigilância eletrónica”. Um dos principais fatores que ajuda à diminuição de reclusos nas prisões de Portugal foi a alteração ao código penal em novembro de 2017. Em menos de um ano, verificou-se um “crescimento de mais de 500 pulseiras”.

O responsável refere ainda que de 14400 presos, passou-se para 13 mil e que “as coisas estão a seguir o caminho” desejado, sublinhando que “tem muito a ver com a alteração que foi feita, no ano passado, ao código penal, com o incentivo da vigilância eletrónica, que está a subir exponencialmente”.

Celso Manata falava aos jornalistas à margem de uma entrega de bens, vestuário e calçado, doados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) aos 76 reclusos do estabelecimento prisional de Vila Real.