1.É verdadeiramente vergonhoso o que está a suceder na Europa (e em alguns órgãos de comunicação social norte-americana, com destaque para a outrora respeitada e exemplar CNN): a cobertura jornalística mentirosa e completamente desligada da realidade (manipulando, truncando, inventando e omitindo factos) sobre os acontecimentos ocorridos ontem na Faixa de Gaza ultrapassa todos os limites admissíveis numa sociedade democrática pluralista.
Uma comunicação social forte, independente, comprometida com a verdade e a imparcialidade tornam a democracia uma aspiração humana (individual e societária) possível – uma comunicação social ao serviço de uma agenda política (escondida, não declarada), subserviente aos interesses e conveniências de alguns, protagonizada por jornalistas com vínculos precários, que utilizam o jornalismo como rampa de lançamento para outras carreiras (designadamente, em gabinetes ministeriais), é uma (se não mesmo “a” ameaça) à vitalidade do regime democrático.
A esquerda radical impõe pelos jornais aquilo que não logra alcançar nas urnas, pelas convenções e formalismos próprios do processo democrático: apesar de valer entre cinco a dez por cento nas preferências dos eleitores, a esquerda radical equivale a oitenta por cento das redacções de jornais. Eis o paradoxo democrático para o qual temos chamado por inúmeras vezes a atenção das estimadíssimas leitoras e estimadíssimos leitores.
2.As “fake news” não nasceram nas redes sociais, nem foram os “deplorables” os seus autores cimeiros: foram jornalistas (profissionais com carteira de jornalista), remunerados por órgãos de comunicação social tradicionais, que atraiçoaram o código deontológico a que estão vinculados por dever de ofício – passando a informar sobre a realidade virtual (a sua versão dos factos, após passarem pelo respectivo filtro ideológico), num estilo mais próximo da propaganda política do que informação. As “fake news” são um problema da comunicação social tradicional – o controlo exercido pela esquerda radical nas redacções (e, logo, no domínio das narrativas veiculadas, sem contraditório sério) converteu-se na maior ameaça à democracia pluralista. Todavia, este problema é ignorado pelos decisores políticos; ninguém da comunicação social radical e mentirosa de esquerda foi chamado a depor no Congresso, no Parlamento ou na Assembleia da República…O Facebook e as redes sociais é que eram o verdadeiro perigo! Pois…
3.Pois bem, na quarta-feira , o Hamas lançou um violento ataque contra Israel a partir de Gaza, tendo obrigado grupos de crianças a refugiar-se, com urgências, em abrigos criados para o efeito. Ora, perante tal cenário, as autoridades israelitas, no cumprimento do seu dever político-jurídico de defesa dos seus concidadãos (incluindo árabes israelitas), reagiram, gerando o infeliz incidente da morte de uma senhora grávida.
A comunicação social portuguesa (como a generalidade da europeia, com honrosas excepções em França e em Itália, cingindo a nossa análise à Europa ocidental) apressou-se a condenar Israel pelo acidente: alguns dos nossos jornalistas (militantes empenhados e honorários do Bloco de Esquerda ou do PS costista radical) viram aqui mais uma oportunidade para confirmar o carácter “racista e violento” de Israel.
Omitiram, no entanto, para enganar os portugueses (que eles – a vanguarda avançada do Banhada de Esquerda – acham que são idiotas…), que quem iniciou o ataque foi o Hamas, um grupo terrorista que se profissionalizou no assassínio de cidadãos inocentes que professam esse ideais pecaminosos que são a democracia e a liberdade. Esta coligação entre os jornalistas portugueses (controlados pela esquerda radical) e grupos terroristas como o Hamas é algo confrangedor – e perigosíssimo.
4.É que o Hamas não mata apenas israelitas: antes, apoia igualmente grupos que promovem a morte de cidadãos inocentes em Paris, em Berlim, ali mesmo em Barcelona, em Nice, em Munique…e sabemos que estes terroristas não ficarão por aqui. São uma verdadeira ameaça à nossa segurança, individual e colectiva – com a conivência dos poderes mediático e político europeus que colocam as suas conveniências acima das suas convicções. Que colocam os interesses empresariais (de alguns) acima do interesse na defesa da liberdade e segurança (de todos).
Por esta razão, a União Europeia não é levada a sério por ninguém, sendo verdadeiramente irrelevante no contexto internacional. Veja-se o que sucedeu no caso (em debate) das sanções norte-americanas contra o regime tirano de Teerão: a União Europeia estendeu a mão às autoridades iranianas, perfilando-se ao seu lado contra o aliado norte-americano. Qual foi a retribuição do Irão? Ameaçou a Europa com um brutal ataque! Depois, admiram-se que os cidadãos europeus se revoltam contra o “establishment” que incompetentemente controla a União Europeia! Andam a cuidar dos interesses de algumas empresas francesas e alemãs, colocando em causa a segurança dos cidadãos que deveriam proteger!
5.E nas Nações Unidas – sob a liderança do nosso compatriota António Guterres – a situação tem-se agravado. Na presente semana, um alto funcionário das Nações Unidas (a tal organização supranacional que deveria zelar pelos valores da democracia, da liberdade e da tolerância), Michael Lynk de seu nome, manifestou que quer expulsar Israel da ONU, apelando ao isolamento seu internacional e eventual destruição do Estado.
Quem é Michael Lynk? É um Professor canadiano, da Western University, que é reconhecidamente um apoiante do movimento BDS – Movimento Boicote, Desenvolvimento e Sanções, o tal que pretende a aniquilação total do Estado israelita. Como podemos aplaudir este multilateralismo dominado por grupos terroristas que deveria combater?
Então, a maioria dos países proíbe, na sua ordem jurídica interna, o discurso de ódio e considera o BDS (e bem!) um movimento terrorista – mas depois estes mesmos países estão obrigados a financiar uma organização (que é a ONU) que promove esse mesmo movimento terrorista, nomeando até alguns dos seus apoiantes para cargos cimeiros da organização!
Não admira que o Presidente Donald Trump (com o apoio claramente maioritário dos cidadãos americanos) pretenda acabar rapidamente com esta brincadeira: em troca do financiamento norte-americano, António Guterres terá rapidamente de arrumar a casa, ou seja, de instituir procedimentos e nomear funcionários que sirvam os valores fundacionais da ONU; e não estejam ao serviços de movimentos e organizações terroristas. Percebemos assim mais uma razão pela qual a ONU tem sido um falhanço total nos últimos anos…
6.Quer saber mais, caríssimo(a) leitor(a)? Um amigo nosso confidenciou-nos que a fonte da agência Lusa (tutelada pelo Governo português), que publicou a notícia de que Israel matou uma senhora grávida, foi a “Al Jazeera”. Estamos a brincar?
Para informar os portugueses, é preciso recolher informação, comparar fontes, estudar os assuntos que não se dominam e expor aos leitores os factos com o fito de estes exercerem – livremente! – a sua razão crítica. Ou seja: é preciso fazer tudo ao contrário do que a “Lusa” fez (e que outros jornais, preguiçosamente, se limitaram a reproduzir).
Mais uma vergonha para o jornalismo português (atenção: salvo honrosas excepções que ainda existem em Portugal e que vão permitindo considerar o jornalismo uma profissão séria) e, por consequência, mais uma vergonha para a democracia portuguesa.