Na terça-feira de manhã, com o incêndio numa fase bastante crítica e todos acessos a Monchique cortados, Santana Lopes, de férias no Algarve, tentava chegar à vila ao volante do seu Mercedes. Mas não teve sorte: a GNR barrou-lhe o acesso à entrada da aldeia de Rasmalho, na EN 266, à semelhança do que também aconteceu com os outros comuns mortais que tentavam passar.
No local, em declarações ao SOL, Santana explicou queria ir à vila «dar um abraço» ao presidente da Câmara, Rui André. E porquê naquele momento?, quisemos saber. «O incêndio já dura há demasiado tempo e é uma situação trágica», esclareceu o ex-candidato à presidência do PSD. Na breve conversa que manteve com o SOL, Santana Lopes recordou ainda o facto de, no ano passado, ter visitado muitas das zonas gravemente afetadas pelos incêndios (ao contrário de Rui Rio, que preferiu não ir) e «porque as pessoas precisam de apoio». Também recordou o Verão de 2004, em que era primeiro-ministro e em que também esteve no terreno «para expressar solidariedade».
Já sobre as polémicas que têm assombrado o combate ao incêndio de Monchique e as filosofias seguidas pela Proteção Civil, Santana Lopes preferiu não comentar, «por enquanto». «São situações complexas que é preciso estudar e apurar, ainda é cedo para isso», justificou.