As inundações repentinas e os deslizamentos d e terra levaram à morte 164 pessoas no Estado de Kerala, na Índia. As fortes chuvas que assolaram a zona nos últimos dez dias estão a dificultar o trabalho das equipas de salvamento.
Pinarayi Vijayan, ministro-chefe de Kerala, já pediu mais meios de resgate para a região: “Falei esta manhã com o ministro da Defesa e pedi 11 helicópteros”, disse aos jornalistas. “Em algumas zonas o transporte aéreo é a única opção. Milhares de pessoas estão ainda isoladas”, acrescentou.
O ministro-chefe avançou que existem 223 mil pessoas desalojadas e há ainda muitas pessoas, nas zonas de difícil acesso, que permanecem nos telhados das habitações à espera de serem resgatadas. Os helicópteros apenas conseguiram resgatar quatro pessoas do topo de uma habitação – entre elas uma criança de três anos – e, quando não têm possiblidade de aceder aos pedidos de ajuda, lançam barcos insufláveis, coletes salva vidas e mantimentos em cestos de metal.
Naredra Modi, primeiro-ministro indiano, está a caminho de Kerala para “fazer um balanço infeliz da situação”. O Ministério disponibilizou desde dia 9 de agosto 158 barcos, 23 helicópteros, para além do exercito, marinha e guarda costeira.
Nesta altura do ano, as monções são comuns no sul da Ásia, no entanto “este ano houve um excesso de 40 a 50 por cento das águas das monções e, devido às chuvas persistentes, houve deslizamentos de terra e regiões inteiras estão debaixo de água”, afirma a Força Nacional de Resposta a Desastres da Índia. Nos últimos três meses já perderam a vida 320 pessoas por causa das cheias.
Segundo o Departamento de Meteorologia da Índia, as chuvas torrenciais deverão continuar até sábado.