Assunção Cristas disse esta terça-feira que o CDS-PP vai pedir ao Governo esclarecimentos sobre o incêndio de Monchique, uma vez que foram necessários sete dias para extinguir o incêndio.
"Há aspetos importantes e, certamente, no parlamento teremos oportunidade para esclarecer porque é que foram precisos sete dias para debelar este incêndio", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, à margem da sua visita a zonas afetadas pelo incêndio, acrescentando ainda que é preciso perceber os motivos que levaram o fogo a evoluir, uma vez que “ao fim de dois dias e, segundo informações do presidente da Câmara [de Monchique], as coisas estavam aparentemente resolvidas".
"Não nos parece que faça sentido que sete dias de incêndio, que resultaram em quase 30 mil hectares ardidos, e que seja considerado, como o Governo veio a considerar, que foi uma coisa que, apesar de tudo, até correu bem", disse.
Além disto, a líder do CDS-PP afirmou ainda que o partido vai estar “na linha da frente” para esclarecer tudo o que aconteceu no incêndio de Monchique e mostrou preocupação relativamente aos apoios a todos os que foram afetados pelo fogo, uma vez que considera que, em Monchique, a situação é diferente da que foi vivida em Pedrógão Grande.
"Para Monchique não há esses donativos e, segundo informação do senhor presidente da Câmara, as regras serão diferentes e será porventura o Estado a entrar com o dinheiro. Mas, colocando-nos no papel das pessoas que perderam os seus bens, não consideramos compreensível como é que num caso não têm de pagar nada do seu dinheiro e neste caso terão de o fazer", afirmou.
Para Assunção Cristas é preciso que todos os afetados pelo incêndio em Monchique tenham um “tratamento o mais parecido possível” ao tratamento dado pelo governo, em 2017, em Pedrógão.
"O Governo teve muita sorte em relação a Pedrógão porque houve uma onda enorme de solidariedade nacional que permitiu que não tivesse de trazer mais dinheiro para este caso. Se poupou aí, pode ser um pouco mais generoso aqui para que as pessoas de Monchique possam ter um tratamento o mais parecido possível", concluiu.