O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, disse esta quinta-feira que o Estado vai disponibilizar 4,5 milhões de euros para “defender as linhas de água da erosão”, reconstruir caminhos e recuperar a zona ardida.
As candidaturas aos apoios arrancam esta quinta-feira e é possível concorrer até dia 30 de setembro. “Adotámos esta medida que se chama Estabilização de Emergência e à qual se podem candidatar as autarquias locais, organizações de produtores florestais e até, nalguns casos proprietários individuais”.
Apesar das críticas que afirmam que o valor é insuficiente, Capoulas Santos acredita que o trabalho dos técnicos no terreno permitiu eleger “as áreas prioritárias”. “Estes 4,5 milhões, contrariamente às ajudas atribuídas aos agricultores, visam atuar nas encostas, nos maiores declives, nas zonas de perigo de erosão”, acrescenta.
A ajuda atribuída aos agricultores – a que o ministro se refere – trata-se de um concurso diferente no valor de cinco milhões de euros e cujas candidaturas abriram há nove dias. As “candidaturas aos apoios de 4,5 milhões, que hoje [quinta-feira] abrem, têm outros destinatários e outros objetivos: defender as linhas de água da erosão. Porque nas áreas queimadas com as primeiras chuvas haverá arrastamentos, erosão que contaminará as linhas de água e arrastará solos”.
“A nossa primeira preocupação foi responder aos problemas dos agricultores”, disse o ministro referindo-se às candidaturas já abertas. “Os cinco milhões foram destinados aos agricultores que tiveram prejuízos na sequência do incêndio e visa pagar o quê? Os animais que morreram, máquinas e equipamentos destruídos, instalações agrícolas, culturas permanentes”, explicou o ministro.