A Mota-Engil fechou os primeiros seis meses do ano com lucros de 5,7 milhões de euros, um crescimento de 24,4%.
Excluindo o efeito da adoção da norma de contabilidade IAS 29, o relato financeiro em economias hiperinflacionárias que reconhece como gasto a parte dos custos de empréstimos obtidos que compensa a inflação, como o caso de Angola, o lucro da empresa triplica para 15,2 milhões de euros.
O volume de negócios da empresa aumentou cerca de 5%, face ao período homólogo, no primeiro semestre e atingiu os 1.251 milhões de euros que “refletiu a fase de transição entre um conjunto de projetos relevantes que estão a terminar e um conjunto de novos projetos na América Latina e em África (nomeadamente em novos mercados), que estão agora na sua fase de arranque”, refere a Mota-Engil em nota enviada para a Comissão do Mercado e de Valores Mobiliários
Esta foi uma das causas responsáveis pelos bons resultados da empresa liderada por Gonçalo Moura Martins assim como a melhoria dos resultados financeiros, que passaram de 47 milhões de euros negativos para 10,1 milhões de euros negativos.
Na mesma nota esta afirma que "no primeiro semestre de 2018, a América Latina foi a região que mais contribuiu para o volume de negócios do grupo (39%), registando uma performance similar à evidenciada no período homólogo de 2017, fruto nomeadamente da execução da elevada carteira de encomendas angariada em anos anteriores". O aumento do volume de negócios foi de 7% na Europa, 4% em África e 4% na América Latina.
A par com estes bons resultados está a queda do EBITDA, que corresponde aos lucros antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações, em mais de 5% para 176 milhões de euros, fruto da atividade na Europa onde se verifica uma descida de 25% e pela adoção de novas regras contabilísticas.