Com temperaturas elevadas, nada melhor do que um mergulho em água fresca e cristalina para refrescar corpo e mente, ajudando a passar a época estival e retemperando energias fundamentais para o dia-a-dia pós-férias.
Em Trás-os-Montes, no Verão, as temperaturas são bastante elevadas, por isso, todos os planos de água, frescos e seguros são oportunidades de ouro para um refrescante mergulho.
No Rio Azibo, a albufeira que se formou com a barragem, tornou-se um local de culto para um mergulho ‘atrás dos montes’ para muitos portugueses e espanhóis, que aproveitam a beleza da paisagem, a frescura e, acima de tudo, a qualidade ambiental das águas deste fantástico curso de água.
Atrás de um mergulho, vem uma brincadeira, vem uma braçada, vem uma atividade náutica, vem um convívio, vem uma refeição,… vem um dia bem passado em família ou com amigos.
Atrás de um amigo, vêm mais amigos, vêm mais famílias, cria-se uma dinâmica, que necessita ser valorizada, através da implementação de estruturas e serviços adequados ao que se pretende para o território e que corresponda às expetativas dos visitantes.
De alguma forma assim tem sido na excelente evolução do desenvolvimento das praias da albufeira do Rio Azibo que, de forma integrada e sustentável, têm gerado crescimento económico em harmonia com a sustentabilidade ambiental que se pretende para o local. É aliás a sustentabilidade ambiental que tem tornado o Azibo distinto como zona balnear. Como demonstra este exemplo de desenvolvimento económico, é possível que o crescimento económico e a sustentabilidade ambiental ocorram simultaneamente. Obviamente este equilíbrio não se gera de forma espontânea. Acontece, quando se implementam estruturas e serviços adequados ao que se pretende para o território e que correspondam às expetativas dos visitantes. As praias do Azibo têm bandeira azul há mais de uma década o que revela que a gestão do local tem sido bem pensada em termos de sustentabilidade ambiental, económica e social, desde há muitos anos.
No âmbito da estratégia nacional de desenvolvimento do país através da água, quer dos rios, quer dos mares, seria interessante que atrás deste exemplo extraordinário se abrissem novos horizontes, que alterassem o paradigma de desenvolvimento do país, mantendo a excelência de zona balnear e preparando-se para ensinar bases náuticas aos cidadãos que por lá passam, tornando-se numa referência de náutica do país…
Numa altura em que o turismo de massas começa a ser questionado um pouco por todo o mundo, pelos danos que está a imprimir em muitas regiões, conseguir gerar casos de sucesso em que se consegue compatibilizar valorização ambiental com desenvolvimento económico-social é uma forma única de, mais uma vez, mostrar ao mundo que os portugueses sabem bem como rentabilizar e ao mesmo tempo preservar um dos seus maiores ativos: a água.
*Sócio da PwC