A associação ambiental portuguesa ZERO pediu, esta quarta-feira, uma “reunião urgente” entre os dois países da Península Ibérica, sobre a “situação crítica” que se verifica no rio Tejo. O objetivo é encontrar uma "solução” para o agravamento da qualidade da água.
De acordo com a associação, a "situação tem vindo a agravar-se" na zona de Perais (distrito de Castelo Branco) e na albufeira de Fratel (Portalegre), onde os registos de valores de oxigénio dissolvido na água registados têm estado abaixo dos limites mínimos. Em Perais, de acordo com a ZERO, os valores "refletem essencialmente a qualidade da água proveniente de Espanha".
A associação ambientalista considera que as "questões da qualidade da água têm de ser obrigatoriamente incluídas" na Convenção de Albufeira – um acordo entre Espanha e Portugal para aproveitar os rios transfronteiriços.
Em resposta aos baixos níveis de oxigénio na água, o governo português anunciou que ia endereçar um pedido a Espanha para que fosse libertada água de superfície nas barragens, justificando os resultados das análises o envio de água de profundidade das barragens espanholas que é menos rica em oxigénio.
A ZERO faz ainda referência aos níveis de azoto e fósforo e a quantidade de microalgas presentes na água, por exemplo.