Ensino Superior. Redução de vagas não diminui a procura em Lisboa e Porto

Os resultados das candidaturas ao ensino superior foram divulgados este domingo e houve cerca de 44 mil estudantes colocados na primeira fase

A redução do número de vagas em Lisboa e Porto não fez diminuir a procura dos estudantes. Segundo os dados revelados este domingo pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), a procura pelos cursos da capital e da Invicta – onde se encontram grande parte das instituições de ensino superior – mantiveram níveis semelhantes.

O objetivo era incentivar os estudantes a candidatar-se às instituições localizadas em zonas com menos densidade populacional. Na primeira fase – cujos resultados foram disponibilizados à meia noite de domingo – foram colocados menos 1,3% de alunos nas duas cidades.

Somando as vagas existentes nos politécnicos de Lisboa, na Universidade de Lisboa (UL), Porto (UP), Nova de Lisboa (UNL), no ISCTE e nas duas escolas de enfermagem, a redução dos 5% imposta fez perder mais de mil vagas. No entanto, o ISCTE acabou a primeira fase com todas as vagas preenchidas, na UNL sobraram apenas dois lugares, no politécnico do Porto ficaram oito, na UP 19, no politécnico de Lisboa 67 e na UL 118.

Na UP houve 6.834 candidatos em primeira opção, mas o número das vagas ficou-se pelos 3.976. Na UL o número de candidatos foi superior ao de vagas em 1.400 estudantes, enquanto na UNL a diferença foi de 1.250 candidatos.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) assume que a diminuição de 3.033 candidatos em primeira opção nas instituições de Lisboa e Porto “está associado à redução de 3.072 candidatos à primeira fase do concurso nacional de acesso”, e que não resulta de uma consequência da redução do número de vagas.

“O total de estudantes candidatos em primeira opção em instituições localizadas em regiões de menor densidade demográfica aumenta 1,2% sendo que o número de colocados nesta fase aumenta 0,7% face ao ano anterior”, reforça. “Estes valores indicam uma maior perceção da alternativa de qualidade que estas instituições de ensino podem representar.”

A Universidade de Trás-os-Montes foi a instituição que registou um maior aumento de colocados, quando comparada com o ano anterior, tendo 82 novos alunos. O instituto Politécnico de Bragança segue em segundo lugar com 63 e a Universidade do Minho em terceira com 59 novos estudantes. No entanto os politécnicos do interior mantêm-se as instituições com menos procura em primeira opção.

 

Mais de 10% ficaram de fora

Dos 49.362 candidatos, apenas 43.992 foram colocados, divulgam os dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), deixando de foram mais de 10% dos candidatos à primeira fase.

Para a segunda fase – cujos resultados são conhecidos no dia 27 de setembro – sobraram 7.290 vagas, o que significa um aumento em relação aos 6.225 lugares registados em 2017. Existem ainda 1.068 cursos disponíveis – entre licenciaturas, mestrados integrados e cursos preparatórios.

As candidaturas à segunda fase decorrem entre 10 e 21 de setembro. Nesta fase os candidatos concorrem aos lugares que sobram da primeira fase, tendo em conta os lugares referentes aos estudantes que não efetuaram a matrícula na instituição onde ficaram colocados na primeira fase.