É oficial: o melhor Novak Djokovic está de volta. Aos 31 anos, e depois de uma operação ao cotovelo que o afastou da competição durante vários meses, o sérvio regressou às grandes conquistas no Masters 1000 de Cincinnati, onde se tornou o primeiro tenista de sempre a vencer todos os torneios da categoria, e prolongou o registo vitorioso no US Open, ao bater o argentino Juan Martín Del Potro numa final impressionante: 6-3, 7-6 (4) e 6-3, com duração de 3h16m e um dos sets (o segundo) mais longos do ano: 95 minutos!
Grand Slam Title No.14
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O encontro mereceu inclusive a admiração de personalidades famosas de outros circuitos, como foi o caso da multi-galardoada atriz norte-americana Meryl Streep, incapaz de esconder o nervosismo com o decorrer da partida, ou Jerry Seinfeld, conhecido humorista:
And the award for best performance by a fan in a leading role goes to…
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“What’s the deal with tiebreaks?”@JerrySeinfeld #USOpen pic.twitter.com/AwSWUFzhAf
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No fim do encontro, Del Potro não conseguiu conter as lágrimas, ele que está igualmente de regresso ao melhor nível após um longo calvário de lesões. O argentino, que completa 30 anos no próximo dia 23, acabou confortado por Djokovic, com os dois campeões a trocarem elogios nos respetivos discursos após o fim da competição.
Del Potro’s sobbing and I just can’t even. #USOpen pic.twitter.com/Xb5v10hOGS
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Eres um gigante, @delpotrojuan pic.twitter.com/kbx7ovYaNq
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Esta foi a terceira conquista do último Grand Slam da temporada para Djokovic, depois dos triunfos em 2011 e 2015. Djoko soma agora 14 títulos de Grand Slam, igualando o lendário Pete Sampras e estando apenas atrás de Roger Federer (20) e Rafael Nadal (17). Com o título em Flushing Meadows, Djokovic ascendeu do sexto ao terceiro lugar da hierarquia mundial, precisamente por troca com a Torre de Tandil, e acalenta agora legítimas aspirações a terminar o ano no topo do ranking: dada a inatividade em igual período do ano passado, não tem pontos a defender, ao contrário de Nadal e Federer. Um cenário quase idílico para o homem que chegou a sair dos 20 primeiros do ranking na primeira metade de 2018, quando viveu a pior série de derrotas da carreira.
O novo top-10 mundial:
1 – Rafa Nadal
2 – Roger Federer
3 – Novak Djokovic
4 – Juan Martin Del Potro
5 – Alexander Zverev
6 – Marin Cilic
7 – Grigor Dimitrov
8 – Dominic Thiem
9 – Kevin Anderson
10 – John Isner
Realce ainda para a subida de 19 lugares de João Sousa, que lhe vale o regresso ao top-50: o tenista português, que fez história nos Estados Unidos ao tornar-se o primeiro luso a apurar-se para os oitavos-de-final de um torneio do Grand Slam, passou do 68.º para o 49.º posto do mundo.
Serena-Ramos sem fim à vista A final entre Djoko e Delpo teve o condão de afastar os holofotes da polémica Serena Williams-Carlos Ramos… mas só por umas horas. Assim que a poeira de Flushing Meadows assentou, o tema do momento voltou à baila, e com mais críticas para com o árbitro português. Steve Simon, diretor da WTA (associação de ténis feminino), considerou que o incidente “levantou a questão de diferentes padrões serem aplicados às mulheres e aos homens no que respeita à arbitragem dos encontros”, pedindo que “todos os jogadores sejam tratados de forma igual” e considerando que esse não foi o caso.
— WTA (@WTA) 10 de setembro de 2018
Uma posição corroborada por Katrina Adams, presidente da Federação norte-americana de ténis. “Tem de haver consistência, porque vemos os homens fazer isto a toda a hora e não são penalizados. Talvez a Serena tenha ido um pouco longe de mais, mas dar-lhe um jogo de penalidade por lhe chamar ladrão? Eles já foram chamados de muito pior”. Ele devia ter tido bom senso e avisá-la: ‘Serena, se continuares assim, vou ter de agir.’”, realçou a antiga tenista.
O próprio Djokovic, também ele dono de um historial de despiques com Carlos Ramos, considerou que as intervenções do árbitro luso foram “desnecessárias” e “mudaram o rumo da partida”, mas acabou por pedir “compreensão” e “empatia” dos tenistas para com o juiz.