Escola norte-americana volta a usar a palmatória para castigar alunos

Um terço dos pais deu o consentimento à instituição de ensino para aplicar a medida corretiva aos filhos

Quem ainda se lembra de levar com uma palmatória? Numa escola na Georgia, Estados Unidos, a direção decidiu recuperar este método de disciplina para os alunos que quebrem as regas.

Segundo avança o Telegraph, os pais dos alunos que andam na Georgia School for Innovation and the Classics foram questionados se davam consentimento para que os seus filhos fossem castigados com uma palmatória. Segundo a escola, o castigo será no máximo três golpes.

O superintendente da escola, Jody Boulineau, relembrou aos jornalistas locais que, “em tempos, castigos corporais era normal nas escolas e não havia os problemas de hoje em dia”. E como a instituição “leva a disciplina muito a sério”, os castigos corporais voltaram.

Mas a proposta está a dividir os pais. Enquanto alguns aceitaram “de bom grado”, outros utilizaram as redes sociais para criticar a medida. Segundo o superintendente, um terço dos encarregados de educação deu permissão à escola para aplicar o método nos filhos.

“É apenas mais uma ferramenta que teremos no nosso arsenal disciplinatório", afirmou Boulineau, “nada disto é obrigatório. Por isso, se os pais quiserem, podem dar-nos o consentimento para usar esta medida disciplinatória – ou podem negar o consentimento”. Caso os pais não deem consentimento, a escola vai optar por aplicar suspensões de uma semana aos alunos.

Para além do limite de três palmadas, existem ainda regras sobre a palmatória: o objeto não pode ter mais de 60 centímetros de comprimento, 15 de largura e 19,05 milímetros de espessura. "O estudante será levado para um escritório de porta fechada. O estudante vai colocar as mãos sobre os joelhos ou uma mobília e será atingido com a palmatória nas nádegas", explica.

Segundo uma decisão do Supremo Tribunal norte-americano, tomada em 1977, as punições corporais são constitucionais, no entanto a sua legalidade varia de estado para estado.