O norte-americano Joshua Horner, foi condenado em abril de 2017 a uma pena de prisão pelo crime de abuso sexual de uma menor de idade.
Durante o julgamento, a alegada vítima referiu que o homem tinha ameaçado matar os seus cães, caso esta apresentasse queixa às autoridades, indica a Associated Press. Além disso, a agência diz mesmo que a menor declarou, em tribunal, ter visto o agressor a matar a sua cadela, com o objetivo de mostrar que as ameaças feitas eram mesmo verdadeiras.
Mais tarde, e perante a acusação que lhe estava a ser feita, Joshua Horner pediu ao Projeto Pessoas Inocentes de Oregon, nos Estados Unidos, que aceitassem analisar o seu caso. O pedido foi aceite e, juntamente com o procurador do condado de Deschutes, John Hammel, deu-se a início a uma investigação.
O norte-americano manteve sempre a sua palavra, afirmando que nunca tinha matado o cão. As pessoas responsáveis pela investigação viram neste momento uma oportunidade para tentarem desvendar a verdade. Inicialemente procuraram pelo labrador preto, que a alegada vítima tinha dito ter sido morto à sua frente. Uns tempos depois conseguiram encontrar a cadela numa cidade perto de Portland.
"Ela estava a beber de uma taça de água e sentada na sombra. Brincamos com ela. Foi extraordinário", afirmou Lisa Christon, uma das voluntárias do grupo, à agência norte-americana.
Posto isto, foi possível descobrir que o animal não tinha sido morto pelo homem e que a vítima estava mesmo a mentir. "A cadela Lucy não foi morta. A cadela Lucy está viva e bem de saúde", foram estas as declarações feitas pelo escritório do procurador, através de um comunicado.
Mais algum tempo depois, o caso voltou a ir a tribunal, mas nada ficou provado uma vez que existiam várias dúvidas se o crime tinha – ou não – acontecido.
O juiz do condado de Deschutes acabou por anular o caso, e Horner saiu em liberdade no dia 3 de agosto do mesmo ano, após o Tribunal de Recurso anular a sua condenação e pedir um novo julgamento.
No entanto, o tribunal acabou por não pedir novo julgamento, uma vez que a alegada vítima estava sem poder ser contactada.