Joana Marques Vidal, procuradora-geral da República, reconheceu esta quinta-feira que é urgente avançar com a investigação aos apoios para a reconstrução das casas em Pedrógão Grande.
Na sequência da apresentação dos novos magistrados do Ministério Público, Marques Vidal disse aos jornalistas que "a investigação desse processo reveste-se duma repercussão pública e de um interesse da comunidade perfeitamente justificável e terá uma atenção especial”, reforçando que também “há muitos outros processos que nos merecem uma atenção especial".
A Polícia Judiciária fez esta quarta-feira buscas à Câmara Municipal de Pedrógão Grande no âmbito das suspeitas sobre a atribuição indevida de fundos para a reconstrução das casas. Também a Casa da Cultura, onde esteve sediado do gabinete responsável pela análise dos processos, foi alvo de buscas.
Ainda não há arguidos constituídos.
Valdemar Alves, presidente da Câmara de Pedrógão Grande, tem vindo a afirmar e repetir que não houve qualquer irregularidade na aplicação dos fundos. No entanto duas reportagens – uma da Visão e outra da TVI – denunciaram várias casas que foram reconstruídas que não eram de primeira habitação ou que nem tinham ardido.
Permanência no cargo
Quando questionada sobre a sua recondução como Procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal recusou-se a responder remetendo o assunto para o governo e para o Presidente da República. "Não me vou pronunciar sobre essa matéria, mantenho aquilo que sempre disse. A matéria relativa à nomeação do procurador-geral da República é, nos termos constitucionais, da competência da proposta do Governo e da nomeação do Presidente da República", disse Marques Vidal.