Por esta altura só se fala do terror que o furacão Florence está a provocar na costa Leste dos EUA, que, segundo tudo indica, na quinta-feira irá abater-se sobre três dos estados norte-americanos, com uma fúria e violência inauditas. Mas estes dias estão a organizar uma campanha metereológica assustadora, num momento em que a tempestade tropical Helene ainda não se decidiu se irá ou não passar pelos Açores. Contudo, é na Ásia que a ameaça climática está já a provocar o pânico.
Pelo menos 14 pessoas morreram no norte das Filipinas, numa altura em que o tufão (nome que se dá aos furacões no noroeste do Pacífico) Mangkhut está avançar pelo país e a dirigir-se para oeste, em direcção à China. Esta tempestade massiva nas suas proporções e poder de destruição tem, neste momento, quatro milhões de pessoas no percurso que está a desenhar, e leva consigo ventos de 185km/h.
Foi Francis Tolentino, um conselheiro político do presidente filipino Rodrigo Duterte, que recolheu os dados quanto ao balanço em termos de vítimas, falando em 14 mortos, e mais de duas centenas de feridos em resultado da devastação provocada pelo Mangkhut.
Macau encontra-se já em alerta, com as autoridades a admitirem que há uma alta probabilidade de ser accionado o sinal 9 de tempestade tropical (o segundo mais elevado), quando o Mangkhut passar ao lado do território amanhã. As autoridades macaenses admitem que o aviso de "storm surge" [maré de tempestade] de nível vermelho possa ser emitido ainda esta tarde, sendo de esperar uma subida do nível das águas entre um e 2,5 metros.
O super-tufão, o mais forte da temporada, atingiu a costa filipina esta madrugada, pelas 1h40 (14h40 em Portugal continental), com ventos de até 240 quilómetros por hora. E apesar de ter-se moderado ao entrar em terra, as autoridades acreditam que o Mangkhut ainda representa uma "grande ameaça" a Macau e às regiões da foz do Rio das Pérolas.
Quanto às Filipinas, o tufão está a trazer à memória aquela que foi a mais mortífera das tesmpestades a abater-se sobre o país: o super-tufão Haiyan que, em 2013, matou mais de 7000 pessoas. Contudo, desde então foram melhoradas as condições de resposta e salvamento.