Um casal de guardas prisionais, em Bragança estava a usar os cargos de chefia na prisão para obter bens e dinheiro dos reclusos, em troca de favores.
De acordo com o Correio da Manhã, alguns do favores estavam relacionados com pareceres favoráveis ao acesso à liberdade condicional e o casal chegou mesmo a ajudar um preso a fugir para o estrangeiro, quando este estava em prisão precária.
Além de dinheiro, o casal recebeu relógios em ouro, eletrodomésticos, jantares e viagens.
Alberto Cordeio, chefe principal dos guardas prisionais no Estabelecimento Prisional de Bragança, entre 2004 e 2011, e Maria Vanda Martins, chefe de secção administrativa no Estabelecimento Prisional de Izeda, respondem agora por três crimes de corrupção passiva, dois deles por ato ilícito.
Os ex-reclusos que foram ajudados estão acusados de corrupção passiva – todos eles estão em liberdade, com termo de identidade e residência.
O caso foi denunciado por Alfredo Palas, um dos arguidos.
Alfredo Cordeiro começou a abordar os reclusos depois de se reformar. A mulher, que atualmente está proibida de exercer funções, sabia dos negócios e era cúmplice.