A produção de cocaína na Colômbia atingiu recordes em 2017, segundo o mais recente relatório do Gabinete de Drogas e Crime das Nações Unidas. A produção do estupefaciente aumentou 31% no ano passado, perfazendo 1400 toneladas.
A área de cultivo de cocaína no país situa-se nos 171 mil hectares, o maior de sempre e um aumento de 25 mil hectares (17%) face a 2016. Segundo o documento, a parte ocidental da Colômbia é a principal zona de cultivo.
No entanto, as Nações Unidas prevêem que a produção possa vir a diminuir no futuro se o acordo de paz entre entre as FARC e o governo colombiano se materializar no terreno. Há quem acuse o governo de se ter dedicado exclusivamente ao acordo de paz, relegando o combate ao narcotráfico para segundo plano, e quem acredite que o abandone de produção pelas FARC deixou um vácuo na indústria, sendo ocupado pelos cartéis.
A Colômbia é o maior produtor de cocaína no mundo, com a grande maioria da sua produção a ter como destino os Estados Unidos, o maior consumidor, relembra a BBC.
Os números do relatório da organização internacional alarmaram a ministra da Justiça, Gloria María Borrero Restrepo, que os considerou "muito preocupantes".
O novo presidente do país, Ivan Duque Márquez, declarou, assim que tomou posse, que irá implementar uma nova política nacional contra as drogas para alcançar "resultados concretos" nos próximos quatro anos. Entre as medidas preconizadas encontra-se a utilização de veículos aéreos não tripulados para propagar pesticidas nas plantações de cocaína.