A “última lição formal” de Marcelo Rebelo de Sousa encheu a Aula Magna da Universidade de Lisboa. Para o Presidente da República que completa 70 anos em setembro – idade de jubilação – o ensino de direito foi uma “fascinante aventura” e a “verdadeira vocação” da sua vida.
"A universidade, a minha universidade foi sempre a minha praça-forte, a minha casa 'mater', o meu último refúgio. Tudo quanto fiz ou faço em tantos outros domínios fi-lo a partir dela e por causa dela", disse Marcelo. "E depois de cada incursão, fora dela, à minha escola regressava sempre, sem exceção, jubiloso ou derrotado, pois era ela a verdadeira vocação da minha vida", acrescentou o Presidente.
Apesar de ter uma sala cheia – onde estavam também os ex-Presidentes da República António Ramalho Eanes e Jorge Sampaio, assim como o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues e o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, entre outros ministros e deputados –, o agradecimento foi àquela que considera a sua universidade. "Ao caminhar para o fim de uma fascinante aventura, como não agradecer a esta universidade a vida inesquecível que me proporcionou?"
"Mais do que isso, como não agradecer as dezenas de mestres que me desvendou, as centenas, muitas, de colegas, docentes e não docentes, que revelou, as certamente mais de duas dezenas de milhar de alunos que me encheram os melhores momentos dessa incessante caminhada?", acrescentou.
No final, em que Marcelo deixou a postura de académico e voltou a encarnar a de Chefe de Estado, expressou “esperança no futuro” da Universidade de Lisboa e de todas as instituições de ensino superior do país, "esperança no futuro da educação como penhor de liberdade, de igualdade, solidariedade, esperança no futuro de Portugal".