No pedido de abertura de instrução, Henrique Granadeiro acusou o Ministério Público (MP) de o manipular e de ilegalidade ao confrontá-lo com provas que ainda não estavam no inquérito e cuja forma como foram obtidas é desconhecida.
Alguns dos principais argumentos utilizados pelo antigo chairman da PT referem-se a provas nulas ou obtidas ilegalmente, violação dos direitos de defesa, conduta exemplar e ainda a uma interpretação errada por parte do MP relativamente às suas funções na PT.
Assim, através destes argumentos, Henrique Granadeiro pretende pedir a invalidez das acusações na Operação Marquês, assim como o despacho de não pronúncia.
O documento, a que a revista Sábado teve acesso, tem quase 200 páginas.
Granadeiro é arguido no processo Operação Marquês e está acusado de crimes de corrupção passiva, branqueamento e fraude fiscal qualificada, através de um conjunto de provas que dizem respeito a transferências bancárias de uma conta da ES Enteprises, na Suíça, para uma no Banco Piclet de que é titular. Segundo o antigo chairmain da PT estas foram obtidas de forma ilegal e, portanto, são nulas.