Depois de Joana Marques Vidal ter dito que não lhe foi colocada a hipótese de continuar como procuradora-geral da República (PGR), o CDS quer uma revisão constitucional para que seja alterada a forma de nomeação do PGR.
Telmo Correia admitiu que estas declarações foram “uma novidade”. “Para nós é uma novidade, não era essa a perceção que tínhamos”, disse o deputado reforçando que os centristas defendiam a recondução da atual PGR, mas que também aceita a nomeação de Lucília Gago para o cargo.
No entanto o deputado e dirigente do CDS critica que o processo “foi pouco transparente” e, por isso é preciso alterar a forma de escolha do PGR. Atualmente o governo faz uma proposta ao Presidente da República que nomeia o PGR.
Para o CDS defende que a escolha do PGR deveria ser feito com a audição de candidatos na Assembleia da República – como já acontece em alguns cargos. Esta alteração daria uma maior participação ao parlamento na escolha.
No entanto, para que tal alteração seja aplicada, é necessário fazer uma revisão constitucional. O CDS já enviou há alguns meses uma carta aos partidos com representação parlamentar a sugerir a abertura do processo de mudanças à Constituição.