O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, manifestou hoje a sua disponibilidade para discutir a modernização dos táxis, mas voltou a dizer que "nenhuma classe profissional" tem o poder para inibir uma lei da República, referindo-se aquela que regula as plataformas eletrónicas de transporte.
Recorde-se que esta terça-feira é o sétimo dia em os taxistas mantêm o protesto contra a “Lei Uber” em Lisboa, Porto e Faro, com centenas de carros parados.
"Como atividade económica banal, que não tem qualquer vantagem, não pode ser limitada no seu número. Isso seria o condicionalismo industrial que acontecia antes do 25 de Abril e que felizmente está completamente ultrapassado", afirmou o ministro aos jornalistas, à margem da apresentação de uma campanha de sensibilização para a poupança de água realizada em Lisboa.
O ministro referiu que, apesar de não recuar na lei, o ministério de que está à frente "sempre teve e continuará a ter a maior abertura" para discutir a modernização do setor dos táxis.
A lei que regula as plataformas foi "aprovada por larguíssima maioria e andou dois anos a ser trabalhada", disse o ministro. “O que aconteceu foi que os taxistas só pediram uma reunião quando a lei já estava no parlamento e não se discute com o Governo uma lei que está na Assembleia da República.”, reiterou.
Para já, o protesto vai continuar até que haja uma resposta, aos olhos dos taxistas, positiva por parte do governo.