Certificados de Aforro são a melhor solução quando Euribor subir

Os Certificados de Aforro são vendidos nos CTT e refletem de imediato a subida da Euribor. Os dados são apresentados pela Deco Proteste

A subida da Euribor pode ainda não ter acontecido, mas quando as taxas de juro subirem não se admire se os bancos não refletirem de imediato essas subidas nos precários.

Já nos Certificados de Aforro – forma de poupança familiar, instrumento da dívida pública, em que o risco é bastante pequeno – como a taxa base depende da Euribor, o aumento terá imediatos reflexos no rendimento.

Segundo dados da Deco PROteste, só será aconselhável aplicar o dinheiro em certificados de aforro quando a média das taxas de juros praticadas em empréstimos interbancários em euros entre bancos proeminentes europeus (Euribor) começar a subir.

Isto porque, quando isso acontecer estes podem tornar-se uma alternativa, ainda que não milagrosa, aos depósitos.

Num cenário apresentado pela Deco, caso a euribor a três meses não apresentasse qualquer alteração, a atual taxa base da série E manter-se-ia nos 0,681% brutos. Caso a subida seja de 0,125% a três meses (0,5% ano ano), um cenário mais aproximado da realidade, a taxa efetiva líquida (TAEL) sobe 0,4% no primeiro ano, 0,2% do 2.º ao 6.ª ano e 0,1% nos restantes quatros anos.

Num cenário onde a subida da euribor seria de 0,2% a três meses (0,8% ano), a TAEL subiria até ao 8.º ano e a partir daí estabilizaria nos 2,2%.

A taxa base é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil do mês para entrar em vigor no mês seguinte.

Já a taxa anual efetiva liquida é, em termos práticos, aquilo que efetivamente recebe, já contabilizando a retenção de impostos pela instituição financeira e a mais importante para um depositante.

A Deco alerta ainda as pessoas que têm Certificados de Aforro das séries mais antigas A e B a beneficiar de uma taxa líquida de 2%, para se manterem.