A Reserva Federal (Fed) norte-americana aumentou a taxa de juro em 25 pontos base para um intervalo entre 2 e 2,5%.
Esta subida acontece no rescaldo da reunião de dois dias do banco central dos Estados Unidos que tem como principal função ajustar as taxas que os bancos praticam para empréstimos entre si.
Mesmo com Donald Trump a afirmar não estar “entusiasmado” com a politica de aumento dos juros, o banco central norte-americano continua com o plano de normalização da política monetária e avisa que está prevista outra subida já no próximo ano.
“O comité prevê que os aumentos graduais das taxas de juro serão consistentes com o crescimento sustentado da economia, fortes condições do mercado laboral e inflação perto do alvo de 2%”, referiu a Fed.
As perspetivas de um mercado laboral forte e da inflação se aproximar dos 2% levou os responsáveis da Fed a aumentar a taxa de juro em 25 pontos base.
Esta medida pode simbolizar o fim da política expansionista que a Reserva Federal tem aplicado para auxiliar a economia desde a recessão, devido ao forte crescimento económico, baixos níveis de desemprego e perspetivas de inflação.
Além deste aumento, a FED espera ainda um crescimento económico até 2019. 3,1% este ano e 2,5% em 2019 são as projeções da Fed.
Esta prespetiva permitirá que o desemprego permaneça com o mesmo comportamento, em níveis baixos, e a inflação dentro dos limites, que será de 2,1% este ano e de 2% em 2019.
Já a taxa de desemprego deverá fixar-se nos 3,7% no quarto trimestre deste ano e nos 3,5% em 2019.
Em junho, as taxas de juro de referência fixaram-se no intervalo entre 1,75% e 2% e mantiveram-se inalteradas em agosto.
Um futuro aumento das taxas é esperado ainda este ano, três no próximo anos e um em 2020 que podem chegar aos 3,4%, valor acima da taxa de juro “neutral”, que não estimula nem prejudica a atividade económica.