Numa altura em que a Ryanair se prepara para enfrentar uma nova greve do pessoal de cabine, o CEO da ANA – Aeroportos veio explicar que a companhia aérea não tem qualquer obrigação contratual de continuar a voar para Portugal e aproveitou ainda para recordar que a low-cost já abandonou a atividade que tinha em quatro países.
Thierry Ligonnière explicou na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, que “infelizmente têm todo o direito de fazer isso, têm toda a liberdade de dizer que vão embora, já fizeram isso em outros países”. O único obstáculo que a companhia pode encontrar é o facto de ter de reembolsar o que recebeu a mais em incentivos, caso não termine a obrigação anual. Fora este aspeto, “não tem obrigação contratual de ficar e pode dizer a qualquer momento que vai embora”. Thierry Ligonnière garantiu ainda aos deputados que a Ryanair atualmente só beneficia dos “incentivos públicos disponíveis a todas as companhias”, depois de em 2017 terem chegado ao fim contratos anteriores à privatização, relacionados com o desenvolvimento das bases no país, que não foram renovados.
Já em relação ao novo aeroporto do Montijo, o presidente da ANA diz que “as negociações sobre a parte económica estão a chegar ao fim”