Na 2.ª fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior 9.452 estudantes entraram numa universidade ou num politécnico públicos, revela hoje o Ministério da Ciência e Ensino Superior. São menos 379 estudantes face ao ano passado, na mesma fase do concurso nacional de acesso.
No total, durante as duas fases do concurso houve este ano 53.444 estudantes a conseguir uma vaga numa licenciatura de uma universidade ou politécnico. Menos 1301 alunos face ao ano passado, quando tinham entrado no Superior, por esta altura, 54.745 alunos.
E a redução será ainda maior, uma vez que nem todos os alunos que conseguiram uma vaga vão matricular-se. Ou seja, nem todos 9.452 estudantes acabarão por frequentar o curso. Foi isso que aconteceu na 1.ª fase do concurso, quando dos 43.992 colocados, 5.225 não se matricularam. Ou seja, na prática as universidades e politécnicos contam, até ao momento, com 38.767 novos alunos este ano.
Desta forma é quebrada a tendência de aumento progressivo do número de alunos nas universidades e politécnicos que se fez sentir nos últimos quatro anos, entre 2013 e 2017.
E, além de haver menos colocados, na 1.ª fase do concurso já se tinha assistido a uma quebra de 2.956 candidatos.
Ainda assim, o gabinete de Manuel Heitor acredita ser possível que este ano, somando todas as vias de entrada no Superior, se chegue aos 73 mil novos alunos nas universidades e politécnicos, refere em comunicado a tutela.
Mais de 7.657 não conseguiram entrar
Concorreram à 2.ª fase do concurso nacional de acesso a uma universidade ou politécnico públicos 17.109 candidatos, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior. Ou seja, quase metade (45%) dos candidatos não conseguiu um lugar numa universidade ou politécnico.
Ainda assim, das 14.606 vagas que estavam disponíveis para esta fase do concurso, ficaram por preencher 5.254 lugares.
Entre os 9.452 alunos colocados, 4.656 entraram numa universidade e os restantes 4.796 num politécnico.
E entre os colocados houve um aumento de alunos com deficiência. Pela primeira vez, nesta fase do concurso, foram disponibilizadas vagas específicas para alunos com deficiência, o que este ano já possibilitou a entrada de 231 alunos por esta via.
O gabinete de Manuel Heitor diz ainda que os dados revelam que as instituições de ensino superior “fora de Lisboa e Porto aumentam o seu peso relativo no número de colocados, representando agora 54%” do número de alunos que entraram no Superior. No ano passado, o peso relativo de colocados nas universidades e politécnicos fora de Lisboa e Porto era de 53%.
5.767 candidatos estavam matriculados
Os dados revelam ainda que entre os 17.109 alunos que concorreram a uma vaga houve 5.767 que já tinham entrado na 1.ª fase do concurso e se tinham matriculado. Ainda assim decidiram concorrer à 2.º fase de acesso. Somam-se ainda outros 1.965 candidatos que tinham conseguido uma vaga na 1.ª fase mas que não se tinham matriculado.
Todos os alunos colocados têm de realizar a sua matrícula entre hoje e dia 1 de outubro.
As 5.254 vagas que ficaram por preencher nesta fase e todas as que ficarem livres por falta de matrícula dos alunos ficarão disponíveis para a 3-ª fase do concurso nacional de acesso, que arranca no dia 4 de outubro.