Os independentistas voltaram à rua um ano depois do referendo pela independência da Catalunha, que acabou em vários episódios de violência policial, para reivindicar novamente soberania da região espanhola.
Os manifestantes decidiram assinalar este dia bloqueando as principais estradas, linhas de comboio e avenidas da Catalunha. O protesto foi organizado pelos comités para a defesa da república – grupos que surgiram após o referendo do 1 de outubro (conhecido como 1-O).
Em Girona, no norte de Barcelona, as linhas de comboio foram ocupadas por centenas de ativistas, resistindo às tentativas das autoridades de impedirem os protestos.
Enquanto os cidadãos protestam nas ruas, Roger Torrent, presidente do parlamento catalão, disse esta segunda-feira que o “1-O representa um ato de dignidade coletiva brutal. Nada será igual depois do 1-O. Tudo o que fizemos naquele dia ensina-nos o caminho que temos de percorrer”.
Para Quim Torra, presidente do governo catalão, esse dia foi “o momento em que nós, catalães, decidimos coletivamente”. “A lição do 1-O e dos seus valores são o que necessitamos para enfrentar as semanas e meses que se seguem”, acrescentou.
Os protestos, que começaram no domingo, já fizeram mais de duas dezenas de feridos. Em causa está a reivindicação da independência da Catalunha, assim como a libertação dos presos políticos que foram detidos na sequência da organização do referendo. Na altura, Carles Puigdemont avançou com um referendo à independência catalã, no qual o 'SIM' venceu com 92% – recorde-se que apenas 43% dos catalães participaram no referendo. Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, acabou por acionar o artigo155 da constituição que limita a autonomia da região e fez cair o governo.