O primeiro semestre foi de recorde no que diz respeito às transações de habitação. Com 86,3 mil transações e um valor global de 11,6 mil milhões de euros, o volume destas atingiu o valor mais elevado dos últimos 10 anos.
Estes valores traduzem também um crescimento de 20% em número e 30% em valor, face ao mesmo período do ano passado.
Este aumento de vendas está a levar a um crescimento nos preços do imobiliário, como o valor máximo nos 134 mil euros, mais 12% do que no ano passado.
A contribuir de uma forma mais robusta para estes resultados está a venda de imóveis usados, com um crescimento de 85% do valor total transacionado e 81% em número de transações.
Este comportamento contribuiu para o bom desempenho da construção ao longo do primeiro semestre, período durante o qual se registaram também crescimentos de 3,3% no investimento em construção, face ao ano passado, e a contribuir para um aumento de 2,2% do PIB.
Dos dados do FEPICOP – Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas, apenas 41% do montante transacionado foi financiado por crédito bancário concedido a particulares que, até junho, registou 4,7 mil milhões de euros.
Embora este valor reflita uma evolução positiva na procura pelo crédito bancário, é sinónimo de uma redução do peso deste mesmo crédito, muito devido ao crescimento da procura de investidores estrangeiros por imóveis residenciais em Portugal.