O primeiro-ministro garantiu, esta segunda-feira, que a mudança de hora vai manter-se, ou seja em outubro há a alteração para o Horário de Inverno, atrasando um hora no relógio, e em março volta o Horário de Verão, adiantando os ponteiros 60 minutos.
"Não vejo razão para que se contrarie a ciência", afirmou António Costa em entrevista à TVI.“Acho que o bom e único critério é o critério da ciência e o que foi expresso até ao momento pela entidade competente, que é o Observatório Astronómico de Lisboa, é o entendimento que em Portugal devemos manter este regime de horário, com uma hora de Verão e uma hora de Inverno”, acrescentou.
Em agosto foi entregue um relatório elaborado Observatório Astronómico de Lisboa, no qual se concluía que a existência de dois horários, o de Verão e o de Inverno, é benéfica para as pessoas, que assim podem aproveitar mais horas de sol. Já as perturbações de sono causadas pela mudança da hora não são significativas. O mesmo acontece com uma possível poupança energética, os benefícios não seriam expressivos.
A Comissão Europeia perguntou e a maioria dos que participaram na consulta, incluindo os portugueses, votaram a favor do fim da mudança dos relógios duas vezes ao ano. Mas o Governo não vai abolir a mudança da hora, disse esta segunda-feira o primeiro-ministro, António Costa. A razão: a "ciência".
Sublinhe-se que a mudança da hora está a ser debatida a nível comunitário e que a Comissão Europeia pediu aos 28 Estados-membros para se pronunciarem sobre o assunto. A esmagadora maioria é favorável ao fim do atrasar do relógio em outubro e do adiantar em março.
Na mesma sondagem, 79% dos portugueses defendem a permanência do Horário de Verão durante todo o ano.