Porto não regista mortes por atropelamento em 2017 pela primeira vez

A Câmara Municipal anunciou os dados mas assume que este recorde “não significa que possamos descansar”

Em 2017 não houve “nenhuma morte por atropelamento” no Porto. Este é o primeiro ano que tal acontece “desde que há dados estatísticos”, afirma a vereadora da Mobilidade da Câmara Municipal do Porto.

“Em 2017 não se verificou no Porto nenhuma morte por atropelamento. É a primeira vez, em anos com dados estatísticos, que tal acontece no Porto. Considero que este é um dado muito relevante que não significa que possamos descansar. Temos de continuar a desenvolver o trabalho que tem sido feito, às vezes implementando medidas que as pessoas não compreendem”, disse esta terça-feira Cristina Pimentel.

Na cidade do Porto “acontecem cerca de 300 atropelamentos por ano”, disse o diretor Municipal de Mobilidade e Transporte acrescentando que “reforço da iluminação pública nos atravessamentos” é uma das medidas para promover a segurança rodoviária. “Grande parte dos atropelamentos acontece em passadeiras. Temos todas as travessias monitorizados e todas têm classificação de risco”, acrescenta.

O anúncio foi feito na reunião da Câmara onde Rui Moreira, autarca da Invicta, também deu “as boas-vindas” aos 40 novos polícias municipais, sendo que 20 deles vão ficar “adstritos ao trânsito”, e onde o diretor municipal anunciou as alterações de trânsito na rua 5 de Outubro, na Boavista, onde vão ser colocados balizadores para evitar “mudanças de via na zona de atravessamento”.

"Temos ações de intervenção primária, com medidas no imediato para, em paralelo, desenvolver um estudo de requalificação do arruamento para fazer as correções definitivas. Na rua 05 de outubro, o que fizemos foi estreitar a largura da via, colocar balizadores e o número de colisões praticamente desapareceu, ao passo que não se verificou mais nenhum atropelamento", explicou o responsável.

Para além disso, o Porto registou um “aumento exponencial dos modos de transporte tradicionais, mas também de novos”, como por exemplo o uso de “bicicletas, trotinetes, patins, transportes turísticos, estafetas e pesados de mercadorias a granel”.

"Temos respondido a tudo isto. Nada do que tem sido feito acontece de modo casuístico. Tudo responde ao plano mobilidade, mas também ao plano de ação de segurança rodoviária", acrescenta.