O presidente russo, Vladimir Putin, chamou hoje "traidor da pátria" e "traste" ao antigo espião russo Sergei Skripal, envenenado com o agente nervoso novichok em Salisbury, Reino Unido, a 4 de março deste ano. Putin discursava num fórum de energia em Moscovo, capital da Rússia, quando se referiu ao espião russo que virou informador dos serviços secretos britânicos.
"Era um simples espião. Um traidor da pátria. Existe esse conceito – traidor da pátria. Ele era um desses", disse Putin. "Vejo que alguns dos meus colegas pressionam a favor da teoria de que o senhor Skripal era quase como que um ativista dos direitos humanos", acrescentou.
A Rússia foi acusada pelo Reino Unido de ter envenenado o ex-espião, mas Moscovo sempre negou a acusação.
Serguei Skripal e a sua filha, Yulia, foram encontrados envenenados num banco de jardim em Salisbury em março e o caso despoletou o maior conflito diplomático entre os Estados-membros da NATO e a Rússia desde o fim da Guerra Fria, em 1991. Londres, Washington e outras dezenas de capitais europeias expulsaram mais de uma centena de diplomatas russos dos seus países, com Moscovo a reagir da mesma forma.