Se não gostar, de certeza que conhece quem goste de uma boa raspadinha.
O jogo de sorte não é visto como um investimento, assim como as lotarias ou o euromilhões, mas a verdade é que muitas são as pessoas que gastam centenas de euros por ano com ele.
Antes de pegar na típica moeda para raspar e confiar na sorte, saiba que nem todas as raspadinhas são iguais.
Cada raspadinha é emitida em conjunto com um número determinado de bilhetes e o prémio habitual corresponde ao preço que pagou por ela.
A Proteste Investe comparou os quatro jogos mais populares e mais recentes, digitais e em papel para perceber como é que jogam as probabilidades.
Destas raspadinhas, a que têm menor probabilidade de prémio é o Reverse rápido, em papel, com 20%, com um custo unitário de um euro. O prémio máximo neste caso é de 100.00 euros e são 20.000 bilhetes impressos com prémio. Para ganhar o prémio máximo? Tem de ser o felizardo num universo de mil pessoas.
Por outro lado, as raspadinhas onde que mais facilmente ganhará prémio é no Mega Pé-de-Meia e o Super Pé-de-meia, com 31% e 30%, ambos digitais, onde o custo unitário é de 10 e cinco euros, respetivamente.
No Mega Pé-de-meia o prémio máximo é de 504.000 euros e é apenas emitido um bilhete com prémio enquanto no Super pé-de-meia são emitidos três prémios de 288.000. Em ambos precisa de ter a sorte de ser 'um num milhão'.
No entanto, a probabilidade de ter prémio é enganosa uma vez que uma maior probabilidade não indica que a raspadinha seja melhor até porque a Santa Casa fica com 30% a 44% do prémio ganho, para financiar a sua atividade de apoio social. Por isso, a 'Reverse rápido' destaca-se pela negativa visto que metade dos apostadores recebem pouco mais de metade dos valores apostados.
Dicas para ganhar
A Proteste Investe aconselhou os jogadores que gostam de brincar com a sorte a comprar os bilhetes mais baratos, até porque "quanto menos gastar, melhor, e mais satisfaz o "bichinho" de jogar". Isto para que os portugueses contrariem a tendência demonstrada nos dados da Santa Casa que sugerem que estes preferem as raspadinhas de cinco euros.
O digital aparece também como uma estratégia para vencer algum tipo de prémio e distribuem 70% das receitas como prémio, enquanto em papel distribuem apenas 60%. Além disso os bilhetes em papel podem ser roubados ou perdidos e, em digital, é creditado automaticamente na conta do apostador.